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Diário de Viagem - Amsterdam 2015 - parte 2

  •    Dia 09 de janeiro de 2015

Depois de uma noite chuvosa, São Pedro resolveu nos dar uma folga. Então acordamos cedo para aproveitarmos bem o dia, já que seria o único em Amsterdam.

Para não perdermos muito tempo, optamos por seguir a dica do Ducs Amsterdam, com um roteiro bem curto e bem legal.

Saímos do hotel no sentido da Estação Central, e logo ao lado da estação avistamos o imenso estacionamento flutuantes de bicicletas. São milhares delas. Aliás, as bicicletas estão espalhadas por toda Amsterdam, e já fazem parte da cultura holandesa, assim como o moinho, os tamancos e as tulipas. Em uma cidade com 800 mil habitantes, há 880 mil bicicletas, estima o governo – quatro vezes o número de carros. Não é à toa que Amsterdam é considerada a capital do ciclismo.

 

Seguindo o roteiro, viramos à esquerda na Singel, mas não paramos na barraquinha para experimentar o Haring (famoso arenque defumado que é sucesso entre os holandeses - peixe marinho cru, em geral acompanhado de cebolas e picles), pois ainda não tínhamos tomado nosso café da manhã, e o estômago não iria aceitar um peixe cru àquela hora.

 

 

Um pouco à frente viramos à direita, na Blauwburgwal, e seguimos pela Prinsenstraat, uma rua charmosa com muitas lojas de roupas e decorações, mas naquela hora o comércio ainda estava fechado.

Ainda nesta mesma rua passamos pela Dr. Blend, uma casa de sucos e sanduíches preparados com produtos orgânicos. Como ainda não tínhamos tomado café da manhã, entramos pra conhecer e comer algo. O ambiente é bastante aconchegante, com uma decoração rústica e equipe bastante simpática e atenciosa. Havia degustação de sucos e croissant doces e salgados. Para o café da manhã, optamos por croissant de queijo na chapa, café e capuccino.

 

 

 

Continuando o passeio pelos canais, seguimos até o final da rua e viramos à direita, na Prinsegracht (Canal dos Príncipes) até a Igreja Noorderkerk, uma igreja protestante de estilo renascentista, construída entre 1620 e 1623.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao lado da igreja fica a Winkel 43, famosa por servir a melhor torta de maçã de Amsterdam, tipicamente holandesa. A propósito, a torta holandesa conhecida aqui no Brasil não existe na Holanda, é invenção brasileira mesmo.

Apesar de que tínhamos acabado de tomar café da manhã, eu precisava experimentar a famosa torta de maçã da Winkel. Então pedimos um só pedaço para nós três, e um café para acompanhar. A torta é realmente deliciosa, com uma massa crocante daquelas que desmancham na boca, recheio com pedaços de maçã e com direito a muito chantilly.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Satisfeitos, continuamos a nossa caminhada pelos canais de Amsterdam até a Casa de Anne Frank.

A Casa de Anne Frank é um museu fundado em 3 de maio de 1960 em memória de Anne Frank, no edifício onde ela e sua família e outras quatro pessoas judias permaneceram escondidas nos anos da ocupação nazista dos Países Baixos durante a Segunda Guerra Mundial. O Anexo Secreto ficou famoso no best seller Diário de Anne Frank, publicado, infelizmente, após sua morte. (ela faleceu em um campo de concentração após sua família ter sido traída e denunciada aos alemães).

Infelizmente havia uma fila razoável e caía uma garoa fina, que nos fizeram desistir de conhecer o museu.  Então seguimos um pouco adiante até a Igreja Westerkerk, também citada no livro de Anne Frank (o seu sino a confortava durante a provação), e onde está enterrado o pintor Rembrandt Van Rijn.

A Igreja Westerkerk foi construída em 1631, e possui uma torre de 85 metros de altura que impõe-se sobre Amsterdam. A igreja também tem um carrilhão com mais de 50 sinos, um impressionante órgão e é a maior igreja protestante da Holanda.

 

 

Em seguida passamos pela 9 Straatjes (na tradução literal significa 9 Ruazinhas) que, como o nome sugere, é um bairro com 9 ruas estreitas bem no coração de Amsterdam, lotada de boutiques, lojas, brechós, lanchonetes e cafeterias. O legal dessa região é que apesar de serem umas ruazinhas bem agitadas e badaladas, elas ainda guardam a grande personalidade de Amsterdam, com muito charme e prédios tombados do século XVII.

Depois de revirarmos alguns brechós, seguimos para a Spuistraat a procura de um restaurante típico holandês. Na região há vários restaurantes de várias nacionalidades, mas holandês foi difícil de achar. Mas insistimos um pouco até encontrarmos o Restaurant Pantry, na Leidsekruisstraat.

Mais difícil ainda foi fazer nossos pedidos, pois o cardápio era todo em holandês. Nossa sorte foi que o garçom era muito simpático e muito prestativo, e nos ajudou bastante na escolha dos pratos. A comida estava deliciosa. Comi um purê de batatas deliciosamente temperado, e amôndegas. O Marcelo escolheu salsicha holandesa com purê de batatas.


Após o almoço seguimos pela Leidsestraat até a Leidseplein, e passamos pela Leidseplein Square, uma praça repleta de restaurantes, cafés, bares, lojas, teatros, dance clubs e um jardim com esculturas realistas de lagartos de metal.

 

 

Dali continuamos até o Vondelpark.

O Vondelpark é um parque cujo nome é uma homenagem ao escritor Joost Van Den Vondel, que viveu no século XVII. Tem uma forma alongada, com 1,5 km de comprimento e 300 metros de largura. Segundo o Ducs Amsterdam, "O Vondelpark é algo para ser apreciado com calma, não é uma atração turística, propriamente, no estilo "já vi, legal, próxima". É parte da cidade, da vida dela; é passagem, caminho; é para onde se vai comer churrasco no verão, tomar vinho rosé na primavera, ler e estudar e também deixar a lição de casa pra depois, porque nevou, o mundo está branco, gelado e lindo e o parque precisa de você".

Porém, como nosso tempo era curto e começava a chuviscar novamente, não foi possível caminharmos ao longo do parque. Então continuamos o passeio seguindo pela Van Baerlestraat até a Museumplein.

A Museumplein é a Praça onde estão localizados os três principais Museus da cidade: Rijksmuseum, Museu de Van Gogh e o Museu de Arte Moderna Stedelijk. É também nessa praça que está o famoso letreiro I AMSTERDAM, uma homenagem à capital da Holanda em letras gigantes.

 

 

Já era tarde e os museus já estavam fechados, então não foi possível a visita.  Tiramos umas fotos no letreiro, é claro, atravessamos o Rijksmuseum e retornamos para o hotel, cruzando novamente o centurão de canais de Amsterdam.

 

 

  

 

Já perto do hotel passamos pela Nieuwendijk para umas comprinhas. Há muitas lojas de roupas e sapatos por ali, e havia muita promoção nessa época, então os preços estavam bastante atrativos.  Mas ao chegarmos lá, já estava tudo fechado. Na noite anterior as lojas haviam fechado às 21:00, mas depois fiquei sabendo que somente nas quintas-feiras o comércio local fecha às 21:00. É a "noite de compras", ou koopavond, como dizem os holandeses. Como nesse dia era sexta-feira, o comércio havia fechado no horário normal, às 18:00.

Seguimos para o hotel para deixarmos as coisas e saímos para comer. A chuva tinha aumentado então fomos a um bar ali perto do hotel mesmo, e comemos alguns petiscos acompanhados de cerveja.


E assim o dia chegou ao fim, com gostinho de quero mais. Um dia é pouco para uma cidade como Amsterdam, mas valeu!

 

  • Dia 10 de janeiro de 2015
Infelizmente, e felizmente, chegou o dia de voltarmos para casa. Infelizmente porque nossa passagem por Amsterdam foi muito curta. É preciso de muito mais tempo para desfrutar de tudo que a cidade tem para oferecer. E felizmente porque tudo correu bem, graças a Deus, conhecemos muitos lugares, enriquecemos a alma e ampliamos nosso conhecimento, e  também porque estávamos exaustos e com saudades de casa. Como eu sempre digo, viajar é bom, mas voltar para casa é excepcional!

Bem, nosso voo estava marcado para às 15:45, então ainda tínhamos um tempinho para uma comprinhas naquela manhã. Primeiro passamos numa padaria perto do hotel para tomar um café, e experimentar o famoso stroopwafel, que nada mais é do que dois biscoitos tipo waffle grudados por um caramelo. E claro que quis seguir a tradição, ou seja, colocar o biscoito sobre uma xícara de café quente, tampando bem o café. O vapor faz o caramelo amolecer. O strooppwafel é bem doce, então tem que ser apenas um por vez. Segundo o Duc Amsterdam, é que nem vinho do porto. Não é para encher a cara, é para apreciar. Eu, particularmente, achei doce demais.

Então fomos às compras. Muitas coisas com preços extremamente atrativos. Promoção em Amsterdã é promoção de verdade! Só não compramos mais porque não haveria espaço nas malas.

Voltamos para o hotel, terminamos de fechar as malas e seguimos para a Estação Central. Tivemos um pouco de dificuldade para comprar as passagens devido à comunicação, mas no fim, deu tudo certo. O trajeto de trem até o aeroporto leva menos de 15 minutos. Super rápido. 

Chegamos com bastante folga no aeroporto, então fomos fazer o check-in e despachar as malas. Nesse momento verificamos que a franquia de bagagem era diferente de quando saímos do Brasil. Para os vôos internacionais saindo do Brasil, a franquia é de uma bagagem de mão de até 5kg, e de duas bagagens de porão de até 32kg cada uma, por passageiro. Então tínhamos organizado nossas malas seguindo essas medidas. No entanto, na Europa  a franquia de bagagem é diferente. Como iríamos fazer uma escala em Londres, a franquia era de uma bagagem de mão de até 12kg, e de apenas uma bagagem de porão de até 23kg, por passageiro. Eu e o Marcelo estávamos com três malas, e a ideia inicial era despachar tudo. Com essas franquias, só poderíamos despachar duas. Então tivemos que abrir as malas e reorganizar tudo, para ajustar os pesos. Perdemos um tempão com isso, e no meio da confusão, nem percebemos que os perfumes, maquiagens e outras coisas que compramos haviam ficado na bagagem de mão, e no embarque, acabaram confiscando um perfume cujo frasco tinha mais de 100ml.

Já na área de embarque, aproveitamos para comer um lanche enquanto aguardávamos nosso voo, que atrasou mais de uma hora. Minha preocupação era perder a conexão em Londres.

Chegando em Londres foi aquela correria. O tempo era curto e o aeroporto de Heathrow é enorme. Fiquei impressionada com tudo aquilo. Para ir de um portão para o outro é uma viagem de ônibus.

Na imigração haviam muitos policiais, por causa do atentado terrorista na Charlie Hebdo do dia 08 de janeiro em Paris. Por conta disso também, a inspeção de bagagem estava super rigorosa. Abriram todas as nossas malas, e tiraram todos os perfumes e maquiagens das embalagens, reviraram tudo. E depois, pra conseguirmos organizar tudo de novo??! A mala da minha cunhada não fechava, e estávamos em cima da hora. Que sufoco! Mas enfim, conseguimos. Pouco depois estávamos embarcando.

Chegamos em Guarulhos por volta das 6:00 da manhã do dia 11, e às 9:00 estávamos embarcando para Curitiba. Sim, ainda tínhamos mais uma conexão. Chegamos em Curitiba por volta das 10:00, e nosso voo para Londrina era somente às 17:00. Então pegamos o ônibus do aeroporto até o Shopping Estação, no centro de Curitiba. Almoçamos, demos umas voltas e retornamos para o aeroporto. Antes da noite cair estávamos em casa, exaustos, mas extremamente felizes!!



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