Caminho de Itupava - PR
O Caminho do Itupava é uma trilha histórica aberta para ligar Curitiba a Morretes, no estado do Paraná, entre 1625 e 1654 por indígenas e mineradores. Posteriormente foi calçado com pedras por escravos.
Originário de antigas trilhas indígenas, o Caminho do Itupava foi uma
das principais vias de comunicação entre o Primeiro Planalto paranaense
e a Planície Litorânea desde o século XVII até a conclusão da Estrada da Graciosa, em 1873 e a efetivação da Estrada de Ferro, Curitiba - Paranaguá
em 1885, quando foi abandonado. No entanto, propiciou a ocupação e
colonização dos Campos de Curitiba onde, durante dois séculos,
contribuiu para o desenvolvimento socioeconômico das regiões que
interligava.
Hoje, o Caminho do Itupava não tem mais função econômica, porém é um monumental sítio arqueológico que testemunha um precioso patrimônio cultural e natural, principalmente no trecho calçado, em plena Floresta Atlântica
(Floresta Ombrófila Densa) na Serra do Mar. O Itupava é um caminho de
belezas naturais e históricas, cruzando rios, cercado de vales verdes e
montanhas.
Atualmente, o caminho ainda existe entre o Distrito de Borda do Campo, no Município de Quatro Barras, próximo ao Morro do Anhangava, onde há uma portaria de acesso, numa altitude de 990 metros, até encontrar a Estrada da Graciosa (PR-410), no distrito de Porto de Cima, no município de Morretes, numa altitude de 30 metros, percorrendo aproximadamente 25 km que são facilmente transitáveis a pé.
Há trechos em que o calçamento original ainda está bem preservado,
principalmente na serra. No trajeto, o caminho cruza a ferrovia
Curitiba-Paranaguá em dois trechos. O primeiro, ao lado das ruínas da
Casa Ipiranga; e o segundo, no santuário de Nossa Senhora do Cadeado. No sopé
da serra, encontra a estrada que liga Porto de Cima à estação
ferroviária de Engenheiro Lange. Deste ponto até Porto de Cima, o
caminho margeia o rio Nhundiaquara, onde ainda ocorrem pequenos trechos
calçados. Entre o santuário e o sopé da serra localizava-se o ponto de
cobrança de pedágio para o uso do caminho na época colonial.
Para mais informações sobre o caminho, acesso o site oficial clicando aqui.
Abaixo, algumas fotos do caminho percorrido em julho/2013, com o grupo de caminhadas Londrinapé. Foram quase doze horas de caminhada.
Ruínas da Casa Ipitanga |
Santuário de Nossa Senhora do Cadeado - Estrada da Graciosa |
Pousada Oásis - Morretes |
O retorno - brinde com os amigos |
Fonte:
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