Diário de viagem - Peru - 2018 - parte 3 - continuação - Ollantaytambo
- Dia 4 de setembro de 2018 - continuação
Já no final do dia, deixamos a cidade de Cusco e seguimos para Ollantaytambo, um dos principais Parques Arqueológicos da civilização Inca no Vale Sagrado, e última cidade em que é possível chegar de carro ou ônibus antes de Machu Picchu. A partir daí, somente de trem, ou a pé, pra quem tem disposição para fazer a "Trilha Inca". A maioria dos passeios de um dia, a partir de Cusco, passam por Ollantaytambo, mas optamos por pernoitar no pequeno vilarejo pra termos mais tempo pra andar pela cidade mais bem preservada da antiga civilização Inca, e a única ainda habitada.
Fizemos o trajeto de ônibus, que partem o dia todo de Cusco, com duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos. O desembarque é na Plaza das Armas - praça central de Ollantaytambo, onde ficam os principais restaurantes e lojas da cidade. Chegamos por volta das 11:00 da noite, e já estava tudo fechado, mas no local há diversos tuck tucks que prestam serviços de táxi, e que ficam aguardando os turistas que chegam de Cusco.
Pegamos um desses "táxis" para chegarmos ao hotel, localizado a 750m da praça. Ficamos hospedados no Hotel Tierra Inka Sacred Valley, de onde tínhamos uma belíssima vista dos Andes.
Lhamas de estimação do hotel |
Tomamos um rápido café da manhã e saímos para explorar as belezas místicas do local. Seguimos por uma estradinha que margeia a vila, que corresponde a um trecho do Caminho Inca que leva a Machu Picchu, mas seguimos no sentido contrário, para o centro do Ollantaytambo.
Seguimos por esse caminho e cruzamos parte do vilarejo até chegarmos à entrada do Parque Arqueológico de Ollantaytambo, onde tem uma atrativa feira de artesanato local.
Os bilhetes para a visitação aos Sítios Arqueológicos podem ser comprados individualmente, para cada atração, ou por circuitos, dependendo do roteiro planejado. Veja no site Ingresso Machu Picchu.
Ollantaytambo, única cidade remanescente do Império Inca ainda habitada, foi geometricamente planejada por seus primeiros habitantes, mas parece ter sido projetada por arquitetos modernos. A cidade é dividida em canchas (quadras) retangulares que se abrem em direção ao rio Urubamba, separadas por ruas estreitas, com calçamento em pedras e aquedutos. Toda a estrutura projetada pelos Incas ainda permanece preservada.
Os passeios contratados em Cusco normalmente incluem apenas a visita às ruínas do Parque Arqueológico. Portanto, vale a pena passar um dia (ou pelo menos meio dia) na cidade para andar com calma pela ruas estreitas e retilíneas, que são habitadas continuamente desde os tempos dos Incas.
Refrigerando nossa água com as águas geladas que correm pelos aquedutos construídos pelos Incas |
As ruínas de Ollantaytambo (também chamadas de Fortaleza), é um dos complexos arquitetônicos mais monumentais do Império Inca, com seus terraços e construções gigantescas, e foi criado para ser uma cidade-alojamento (centro religioso, agrícola e militar), localizada estrategicamente para dominar o Vale Sagrado dos Incas. Hoje é, seguramente, a obra Inca mais visitada, depois de Machu Picchu. É muito fácil chegar a essa conclusão: as pedras utilizadas na construção não existem na montanha onde o complexo foi erguido e teriam vindo da montanha à direita de quem está de frente para o monumento, a alguns quilômetros de distância, portanto. As rochas eram cortadas no local de origem, o que atesta que os incas dominavam técnicas de transporte e de preparo que ainda hoje impressionam. Veem-se rochas enormes, perfeitamente encaixadas, sem qualquer espaço entre uma e outra.
Por ter sido palco de duras batalhas entre incas e espanhóis rebeldes no século XVI, muitos de seus edifícios foram danificados ou destruídos. Mesmo assim, o sítio ainda conserva a magia e a história de um povo que ali viveu.
Depois do passeio pelo Sítio Arqueológico, fomos para a Praça das Armas procurar por um restaurante, porque depois de todas aquelas escadarias a 2.792 metros acima do nível do mar, o cansaço e a fome eram grandes. Almoçamos num restaurante bem em frente à praça, e comemos um delicioso lomo saltado, prato típico da culinária peruana. Clique aqui para saber mais sobre o que comer no Peru.
Após o almoço tardio e um breve descanso, pegamos um tuck tuck para o hotel apenas para pegarmos as bagagens, e de lá seguimos para a estação de trem. Dali seguiríamos para Àguas Calientes, porta de entrada para Machu Picchu.
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