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Diário de Viagem - Peru - 2018 - parte 3 - continuação - Águas Calientes e Machu Picchu

  •  Dia 5 de setembro de 2018 - continuação

Por volta das 4 horas da tarde pegamos o trem em Ollantaytambo para Águas Calientes, ponto final da estação de trem e porta de entrada para Machu Picchu, mais precisamente, localizada a 6km de Machu Picchu (cerca de 1 hora e meia de caminhada ou 30 minutos de ônibus até lá). Há duas companhias que fazem o trajeto até Águas Calientes: a Inca Rail e a Peru Rail, e você pode escolher sair de Cusco ou de Ollantaytambo. Nós escolhemos a Inca Rail por ter melhor opção de horário partindo de Ollantaytambo, já que havíamos optado por pernoitar na cidade e seguir dali para Machu Picchu.

A viagem de trem de Ollantaytambo a Águas Calientes corre ao longo das margens do rio Urubamba através do Vale Sagrado dos Incas, com uma belíssima vista para os Andes, e dura cerca de 2 horas.


 


Chegando em Águas Calientes, seguimos para o Hotel Ferre Machu Picchu, localizado a 120m da estação (dá pra ir a pé tranquilamente) e às margens do rio Urubamba. O hotel é maravilhoso. Pena que quando chegamos, já era noite, e saímos de madrugada para ir para Machu Picchu, então não tivemos oportunidade de aproveitar um pouco da vista linda que o hotel oferece.

Depois de nos acomodarmos, saímos para conhecer a noite agitada de Águas Calientes e comer alguma coisa. A cidade é bem pequena, mas conta com muitos hotéis, restaurantes e lojas de presentes/ souvenirs (principalmente de peças em prata e lã de alpaca), além das águas termais que deram nome à cidade ("águas quente", em espanhol). As águas termais ficam bem próximas ao vilarejo, ao final da Ave Hermanos Ayar.

Os restaurantes mais agitados estão localizado na Ave Pachacutec, mas antes, vale a pena uma caminhada pelo pequeno vilarejo e conhecer o Mercado Águas Calientes (mercado de souvenirs), a Igreja Virgen del Carmen e as esculturas de pedra que destacam a cultura Inca.

Optamos por comer uma pizza. Não queríamos nada muito diferente pra não corrermos o risco de passar mal, pois o dia seguinte seria o ponto alto da viagem, e tínhamos que estar bem. Mas por sorte, acho que escolhemos o melhor lugar para aquela noite... uma pizzaria com música ao vivo, super animada, com uma seleção bem diversificada, priorizando os ritmos latinos, inclusive com músicas brasileiras. Nas mesas, bandeirinhas indicando a origem dos turistas, que se arriscavam a dançar os ritmos calientes...




Depois da nossa animada noite, voltamos para o hotel. 

 

  •  Dia 6 de setembro de 2018

Acordamos por volta das 3:30. O café da manhã é servido no hotel normalmente a partir das 4:00 porque muitos turistas optam por sair bem cedo e ver o sol nascer em Machu Picchu... e era esse o nosso caso.

Tomamos o café e seguimos a pé (5 minutinhos de caminhada) para o ponto de onde partem os ônibus, que saem a partir das 5:00, um atrás do outro, mas às 4:15 a fila já estava grande. Pegamos, se eu não me engano, o quarto ou quinto ônibus, e o tempo foi a continha de pegarmos o sol nascendo na cidade sagrada. Se tivéssemos demorado um pouco mais, teríamos perdido esse espetáculo.

O trajeto até a entrada do parque dura cerca de 30min de ônibus (e cerca de 1 hora e meia a pé - trecho bem íngreme), e os bilhetes são comprados em um módulo localizado a poucos metros da estação de trem. Nós compramos no dia anterior para podermos sair bem cedo.

Para entrar no parque, é preciso apresentar o bilhete (comprado com muita antecedência) e documentos. Sobre a compra dos bilhetes, já falei a respeito no post "Planejamento de viagem".

Assim que entramos, seguimos para um ponto bem alto para vermos o sol nascer e, sem dúvidas, foi um dos maiores espetáculos que já assisti... ficamos um bom tempo ali admirando toda aquela beleza. Na sequência de fotos abaixo da pra ver o sol iluminado aos poucos a Montanha Huayna Picchu e a cidade sagrada de Machu Picchu.

 




Dentro do parque é preciso seguir um circuito já demarcado, não podendo retornar. Então aproveite bem cada lugar antes de seguir. O roteiro começa por essa parte alta da cidade, e vai descendo até a parte mais baixa, próxima à montanha Huayna Picchu, e volta por baixo. Ao comprar o bilhete, você pode optar por incluir a trilha na montanha. Nós optamos apenas por visitar Machu Picchu (em quichua, significa "velha montanha").

A cidadela inca fica no alto da Cordilheira dos Andes, acima do vale do rio Urubamba. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti, sendo, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, e descoberta somente em 1911. As construções impressionam com suas muralhas de pedras contínuas, cujos imensos blocos foram unidos apenas por encaixe, sem nenhum tipo e massa, e levam em conta o alinhamento dos astros e vistas panorâmicas. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
















 


 

 




Quando termina o circuito, dá uma vontade louca de voltar, e admirar mais um pouco, mas aí não dá mais. Então, aproveite bem quando for visitar Machu Picchu.

Depois do passeio retornamos para Águas Calientes para almoçar, já bem tarde, e aproveitamos pra dar mais umas voltas pela cidade, conhecer as águas termais e comprar alguns souvenirs.






Já no final do dia, pegamos o trem de volta para Cusco. Na volta, optamos pelo bimodal da Inca Rail, que faz o trajeto de Águas Calientes até Ollantaytamo de trem, e de Ollantaytambo até Cusco de ônibus. O ônibus, super confortável, para em frente ao Hotel Costa del Sol, bem no centro de Cusco. Pra nós foi a melhor opção porque o ponto de parada era bem perto do nosso hotel. Também dá pra fazer a viagem de trem até Cusco, mas a estação fica em Poroy, e aí tem que pegar um táxi de Poroy até o centro de Cusco.

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