Diário de viagem - Itália - Veneza
- Dia 30 de dezembro de 2019
Pegamos o trem em Milão por volta da 10:00 e chegamos em Veneza por volta das 13:00. Foram cerca de 3 horas de uma viagem tranquila e gostosa. As passagens havíamos comprado antecipadamente, pelo site da Rail Europe.
Localizada na pantanosa Lagoa de Veneza e formada por 118 pequenas ilhas, unidas por mais de 400 pontes que ligam seus mais de 150 canais, Veneza, é, sem dúvidas, um dos destinos mais incríveis do mundo! Considerada "cidade dos apaixonados" e patrimônio da humanidade pela Unesco, apresenta um panorama completamente diferente de outras cidades do mundo, já que no lugar de "ruas" existem "canais" e no lugar de "carros", são embarcações que fazem o transporte de pessoas e mercadorias.
A maneira mais simples de conhecer Veneza é caminhando por suas ruelas, descobrindo casarões antigos e edifícios seculares, que muitas vezes passam despercebidos aos viajantes apressados... em Veneza não se pode ter pressa... mas se caminhar não é o seu forte, a melhor e mais econômica opção é pegar um vaporetto (transporte público aquático), que funciona 24 horas por dia. Você pode comprar um único bilhete, que é válido por 75 minutos, ou um bilhete de 1 dia que dura 24 horas após a validação, ou ainda bilhetes de 2 dias, 3 dias e 7 dias.
Vista da cidade saindo da Estação Central - compra de bilhetes nos guichês à esquerda |
Apesar de gostarmos muito de caminhar, optamos por comprar um bilhete de três dias, que são vendidos em máquinas e bilheterias, em frente à Estação Central, que inclui também os trajetos até as Ilhas de Murano e Butano.
Nosso hotel estava localizado do outro lado da Estação Central, mas nesse primeiro momento optamos por ir caminhando. Nossas malas eram pequenas então não atrapalharam muito, mesmo com os paralelepípedos no caminho. Seguimos sem pressa pelas ruas da cidade.
Grande Canal, próximo à Estação Central. |
Nos hospedamos nesse hotel charmoso da foto acima, o Locanda Fiorita. O hotel é bem localizado e super aconchegante. Deixamos nossas malas e saímos para almoçar. Às margens do Grande Canal de Veneza há diversos restaurantes, e escolhemos um deles para comer um legítimo espaguete ao pesto e um risoto com frutos do mar.
E o resto do dia foi de caminhada pelas ruas de Veneza... na volta, pegamos um vaporetto, já que tínhamos comprado o bilhete pra três dias e estávamos bem longe do hotel.
Um dos vaporettos de Veneza |
- Dia 31 de dezembro de 2019
Último dia do ano...acordamos não muito cedo então seguimos logo para a Praça São Marcos, onde estão localizados os principais monumentos da cidade, entre eles a Basílica de São Marcos, o Palácio Ducal, a Torre do Relógio de São Marcos e o Campanário de São Marcos.
Ao fundo da Praça, a Basílica e o Campanário |
Basílica de São Marcos. À esquerda, Torre do Relógio |
Palácio de Ducal |
Campanário |
Nós havíamos planejado visitar o Campanário e a Basílica de São Marcos, no entanto, considerando que a fila para a Basílica já estava bem grande (por volta de 9:00 horas), optamos por visitar apenas o Campanário e deixar a Basílica para o dia seguinte.
A torre tem 98,6 m de altura e seu corpo principal é uma coluna de tijolos que aloja cinco sinos em seu topo. A torre é coroada por uma agulha piramidal, no extremo da qual se encontra um cata-vento dourado com a figura do Arcanjo Gabriel. Do campanário, cuja construção teve início no século IX, nada resta hoje. A torre que se observa é uma reconstrução, que foi terminada em 1912, depois do colapso ocorrido em 1902.
Sinos do Campanário |
Vista da cidade do alto do Campanário |
Basílica de São Marcos e Palácio Ducal |
Praça São Marcos. À esquerda, Basílica de Santa Maria della Salute |
Igreja de San Giorgio Maggiore |
Após a visita ao Campanário, pegamos um vaporetto para visitar a Ilha de Murano.
Lá você também pode visitar uma fábrica de cristais de Murano, e aproveitar para comprar algumas peças em uma das diversas lojas da ilha (comprei apenas um brinco e uma bola para a árvore de natal, porque é tudo bem caro).
Retornamos para Veneza já no fim da tarde, com essa maravilhosa luz do entardecer (fotos tiradas do vaporetto).
Ponto de desembarque |
Pelas ruas de Veneza |
Ao longo do Grande Canal há diversos pontos de desembarque dos vaporettos, mas os mais movimentados são os da Estação Central, da Praça São Marcos e da Ponte de Rialto, por estarem próximos às principais atrações turísticas da cidade.
Construída em pedra e composta por três conjuntos de escadas, a Ponte de Rialto é a mais antiga e a mais famosa ponte de Veneza. As escadas centrais estão alinhadas com lojas destinadas principalmente aos turistas, e as outras duas escadas oferecem vistas icônicas no Grande Canal. Nas proximidades da ponte há diversas lojas e restaurantes, mas vale ressaltar que nessa região tudo é bem mais caro.
E pra finalizar o dia, ou melhor, o ano, a belíssima queima de fogos no Grande Canal, vista da Praça São Marcos.
As famosas máscaras dos carnavais de Veneza também são muito usadas no reveillon.
- Dia 01 de janeiro de 2020
A construção da basílica, que a princípio estava pensada para ser uma prolongação do Palácio Ducal, começou em 828 para abrigar o corpo de São Marcos trazido de Alexandria. Embora a obra atual pertença basicamente ao século XI, ela sofreu diferentes alterações e modificações com o passar do tempo.
A basílica atual, de planta de cruz latina e cinco cúpulas, se tornou a catedral da cidade em 1807. Em seu interior, a cor dominante é o dourado, e conta com mais de 4.000 metros quadrados de mosaicos em mármore, ouro e bronze e outras pedras, numa mistura dos estilos bizantino e gótico.
Os Cavalos de São Marcos foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São obras do esculto grego Lisipo, e foram instaladas originalmente sobre o Arco de Trajano, em Roma. No século IV foi enviado para Constantinopla e, em 1204, transferidos para Veneza pelo Doge Enrico Dandolo, como parte do saque de Constantinopla. Em 1797 foram retirados por Napoleão Bonaprte e instalados no Arco do Triunfo do Carrossel, em Paris, e novamente devolvidos à Veneza em 1815. Hoje, as obras estão no museu da basílica (que não pode ser fotografado), e os da fachada foram substituídos por réplicas.
Entrada da basílica, com seus mosaicos dourados |
Interior da basílica. Acredite, é tudo em mosaico! |
Réplica dos Cavalos de São Marcos |
Vista do Grande Canal. À esquerda, o Palácio de Ducal |
Depois da visita à basílica, aproveitamos parte do dia para andar sem compromisso pelas ruas de Veneza, apreciando suas ruas, seus canais e construções.
À tarde, fizemos o famoso passeio de gôndola. Muita gente se pergunta se esse passeio realmente vale a pena, tendo em vista que é um passeio caro. Bem, depende muito do desejo pessoal de cada um. Se a ideia é fazer o passeio apenas para apreciar a cidade de um ângulo diferente, talvez baste os passeios de vaporetto, de onde você tem imagens incríveis das construções e pontes ao longo do Grand Canal. Já as gôndolas passam pelos canais menores também e proporcionam um prazer único. Eu, particularmente, acho que vale muito a pena.
Nós fizemos o passeio com a única gondoleira mulher de Veneza (até aquela data).
- Dia 02 de janeiro de 2020
Hora de nos despedirmos da cidade dos apaixonados. Deixamos o hotel logo cedo e pegamos o vaporetto até a estação central, onde pegaríamos o trem para Florença.
Como o trajeto pelo Grande Canal é sempre um passeio, aproveitamos para apreciar um pouquinho mais essas lindas paisagens...
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