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Diário de viagem - Portugal - parte 2 - Lisboa

  • Dia 26 de setembro de 2017

Novamente, um dia lindo em Lisboa. Tomamos nosso café da manhã na Padaria Portuguesa, em frente à Praça Martim Moniz, e depois seguimos até a Praça da Figueira, de onde parte o tram (bonde elétrico) número 15E, que vai para Belém. O bilhete sai de graça para quem tem o Lisboa Card.

Chegando em Belém, seguimos direto para o Mosteiro dos Jerónimos. Nesse momento vimos o quanto é importante possuir o Lisboa Card, pois a fila para compra de ingressos estava enorme, e nós entramos direto, sem ter que enfrentar aquela fila. Ganha-se muito tempo com isso.

O Mosteiro dos Jerónimos ou Mosteiro de Santa Maria de Belém, ponto culminante da arquitetura manuelina, é um mosteiro da Ordem de São Jerónimo construído no século XVI, e considerado o mais notável conjunto monástico português do seu tempo e uma das principais igrejas-salão da Europa. A sua construção iniciou-se, por iniciativa do rei D. Manuel I, no início do século XVI e prolongou-se por uma centena de anos. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1907 e, em 1983, foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO, juntamente com a Torre de Belém. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.



Mosteiro dos Jerónimos visto a partir do Padrão dos Descobrimentos

A Igreja apresenta uma planta em cruz latina, composta por três naves à mesma altura (igreja salão), coberta por uma extensa abóbada polinervada suportada por seis pilares. Na capela à esquerda do transepto está sepultado o Casrdela-Rei D. Henrique e os dois filhos de D. Manuel I; na que se situa à direita encontra-se o túmulo de D. Sebastião e dos descendentes de D. João III. A igreja acolhe também os túmulos de Camões e Vasco da Gama.






O claustro dos Jerónimos é o primeiro no seu gênero em Portugal, possuindo dois andares abobadados e uma planta quadrada, de cantos cortados, formando um octógono virtual. É considerado uma obra-prima da arquitetura mundial e constitui um depoimento estético de extraordinária beleza, cuja harmonia resultou da habilidade e delicadeza dos mestres que, em três campanhas sucessivas, se dedicaram à sua construção – projetado inicialmente por Diogo de Boitaca, sofreu adaptações de João de Castilho e foi concluído por Diogo de Torralva.









O refeitório foi construído entre 1517 e 1518 pelo mestre Leonardo Vaz e seus oficiais. De abóbada polinervada e abatida, exemplifica o gosto mais comum da época manuelina.

Por debaixo dos grossos cordões de pedra, as paredes estão revestidas por um silhar de azulejos de 1780-1785. Os seus painés representam, no topo norte, o Milagre da multiplicação dos pães e dos peixes (Novo Testamento), e nas paredes laterais, cenas da vida de José do Egito (Antigo Testamento). 



Para mais informações, acesse o site oficial do Mosteiro:

A visita ao Mosteiro durou uma manhã inteira. Saímos dali e seguimos pela Rua de Belém a procura de um restaurante. Escolhemos um com ambiente bastante aconchegante, e decoração típica portuguesa. Não me recordo o nome, mas a comida era deliciosa. E não poderia faltar o bacalhau, é claro. Dessa vez optamos pelo Bacalhau à Portuguesa, preparado com batatas e molho de tomate, bem diferente do Bacalhau à Portuguesa servido aqui no Brasil.


Após o almoço, fomos tomar um café na pastelaria mais emblemática de Lisboa, a Pastéis de Belém.

Em Portugal, as pastelarias não se assemelham em nada às nossas. Vendem normalmente doces, e muitas vezes nenhum salgado.

Na Pastéis de Belém, além do café, fomos provar, é claro, o tradicional pastel de nata, conhecido mundialmente como Pastel de Belém. A pastelaria funciona desde 1837, e guarda a sete chaves a "receita secreta" oriunda do Mosteiro.






Continuando nosso passeio por Belém, seguimos para o Padrão dos Descobrimentos.

Em posição destacada na margem direita do rio Tejo, o monumento original, em materiais perecíveis, foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português para homenagear as figuras históricas envolvidas nos Descobrimentos portugueses. A réplica atual, em betão e pedra, é posterior, tendo sido inaugurada em 1960. A concepção arquitetônica é de Cottinelli Telmo e as esculturas são de Leopoldo de Almeida.

 





O monumento possui um elevador para chegar ao mirante, que tem uma vista incrível. Com o Lisboa Card há um desconto de 30% no ingresso. 




Seguindo pelas margens do rio Tejo, a poucos metros de distância está a Torre de Belém.

Construída no início do século XVI, à margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém, era primitivamente cercada pelas águas em todo o seu perímetro. Ao longo dos séculos foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje a terra firme. 

Ao longo do tempo, a torre foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação Filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e , finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas.

O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte.

Classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete Maravilhas de Portugal em julho de 2007.








Já no fim da tarde, após visitarmos os três principais monumentos de Belém, fizemos uma pausa no Jardim Vasco da Gama, ao lado da Praça do Império, para provarmos as famosas castanhas portuguesas.

Praça do Império, entre o Padrão dos Descobrimentos e o Mosteiro dos Jerónimos (ao fundo)



Voltamos para o apartamento para um banho e um rápido descanso, e lá fomos nós pela noite de Lisboa.

Dessa vez optamos por pegar o bondinho, o famoso electro 28. Outro passeio imperdível!


A ideia inicial era o Clube do Fado, mas a casa estava lotada. Então fizemos reserva para o dia seguinte, e fomos para a Cervejaria Trindade. No caminho, passamos em frente ao Restaurante Tavares e aproveitamos para fazer a reserva para uma outra noite.

A Cervejaria Trindade é a cervejaria mais antiga de Portugal, em funcionamento desde 1836, instalada no prédio construído em 1294 para abrigar o Convento da Santíssima TRINDADE dos Frades Trinos da Redenção dos Cativos.

Entrar no prédio é uma viagem no tempo!  Destruído em 1704 por um incêndio, em 1755 pelo famoso terremoto e, em 1756, após a reconstrução, por um novo incêndio, o Convento acabou por desaparecer em 1834 com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal. Foi comprado por Manoel Garcia, que lá montou a primeira fábrica de cerveja em Portugal. Logo depois abriu a primeira Cervejaria, composta por quatro salas e um pátio, este último no espaço ocupado antigamente pelo Claustro.










Além da cerveja, aproveitamos para provar alguns petiscos, entre eles, o delicioso presunto "pata negra" (ou presunto Ibérico), produzido principalmente na Espanha e Portugal. Bom demais!


Fim de noite, hora de voltarmos para casa. Tentamos pegar um taxi, mas não conseguimos. Nenhum deles fazia corrida curta, pois não estávamos muito longe do nosso apartamento. Então fomos a pé mesmo, e a noite estava linda!

Descemos pela belíssima Escadinha do Duque, na colina de São Roque, junto ao Bairro Alto, de onde se tem esta vista sobre a Colina do Castelo, onde está o Castelo de São Jorge, todo iluminado.



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