Diário de viagem - Portugal - parte 3 - Lisboa
- Dia 27 de setembro de 2017
Nesse dia deixamos meus pais dormindo um pouco mais e saímos eu, o Marcelo e a Daia para visitarmos o Panteão.
Pagamos o metrô na estação Martim Moniz, perto do nosso apartamento, e descemos na estação Santa Apolônia, instalada num prédio de fachada simétrica, em estilo neoclássico, inaugurada em 1865.
Subimos a pé pelas ruas estreitas em direção ao Panteão, apreciando os detalhes das construções, e encantados com tanta beleza.
O Panteão Nacional, criado em 1836, encontra-se instalado na Igreja de Santa Engrácia, e destina-se a homenagear e a perpetuar a memória dos
cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País,
no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na
expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e
artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da
dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.
As honras do Panteão podem consistir na deposição, no Panteão Nacional,
dos restos mortais dos cidadãos distinguidos ou na afixação, no Panteão
Nacional, de lápide alusiva à sua vida e à sua obra.
Como Panteão Nacional, abriga os cenotáfios (monumentos evocativos de corpo ausente) de heróis da História de Portugal, sendo estes: D. Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque, Luís de Camões e Vasco da Gama.
Dependendo do dia, você pode aproveitar para conhecer a Feira da Ladra, um mercado de rua popular onde se vendem alguns objectos novos (azulejos e outros artesanatos) e usados (a grande maioria), que incluem antiguidades/velharias. Funciona ali perto do Panteão. Nós não tivemos sorte, pois não era dia de feira.
Voltamos para o apartamento para buscar meus pais e seguimos para o Parque das Nações, o bairro mais moderno da capital portuguesa.
A região era uma antiga área industrial que foi revitalizada para abrigar a sede da Expo Mundial de 1998. Com
essa revitalização, os prédios e instalações artísticas construídos
para a exposição foram reaproveitados e hoje são museus, centros
culturais, entre outros, projetados pelos maiores nomes da arquitetura
atual.
Pegamos o metrô e descemos na Estação do Oriente, uma das estações ferroviárias e rodoviárias mais importantes de Lisboa. Projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, foi concluída em 1998 para servir a Expo98, e, posteriormente, o Parque das Nações.
Seguimos em direção ao Oceanário de Lisboa, passando pela Altice Arena, espaço destinado a atrações públicas e festivais.
A caminhada pelas margens do rio Tejo é belíssima.
Torres São Rafel e São Grabriel e Altice Arena, à esquerda, e Ponte Vasco da Gama, à direita, lá no fundo. |
O Oceanário de Lisboa, construído e inaugurado no âmbito da Expo98, é o segundo maior oceanário da Península Ibérica, contendo uma extensa coleção de espécies, entre aves, mamíferos, peixes e outros habitantes marinhos.
Fim do passeio, hora de almoçar. O Oceanário conta com restaurante em suas dependências, mas optamos por comer fora dali, pois há vários restaurantes no Passeio das Tágides, com vista para o rio Tejo.
Antes do almoço, resolvemos fazer um passeio de teleférico. Vale muito a penas, pois a vista é belíssima!
Paramos para almoçar no restaurante D'Bacalhau, especializado, é claro, em bacalhau. Escolhemos três pratos do variado cardápio: Bacalhau com natas, Bacalhau a Gomes de Sá, e Pataniscas de Bacalhau (uma espécie de bolinho de bacalhau puro, sem batatas) com arroz de feijão. De entrada, pedimos pastéis de bacalhau (conhecidos no Brasil como bolinhos de bacalhau). E para acompanhar, um vinho da casa (em Portugal, todos os vinhos são bons, inclusive os da casa).
Já no fim da tarde, retornamos para o nosso apartamento. E para encerrarmos o dia com chave de ouro, fomos ao Clube do Fado, uma das mais tradicionais casas de Fado de Lisboa.
O fado é um estilo musical português que, apesar da melancolia característica da música, impressiona pela forma dramática em que é cantado.
Para o jantar, pedimos um bacalhau a lagareiro e peixinhos da horta, prato típico da culinária de Portugal, preparado com vagens de feijão verde fritas, envoltas numa massa de textura mole, que deu origem ao prato japonês tempurá.
E o dia termina em Lisboa...
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