Manaus - AM - Hotel de Selva no Rio Negro - dezembro/2022
Além dos três dias desfrutando das belezas da capital amazonense, nossa viagem foi planejada para ficarmos mais três dias em um hotel de selva e três dias em um cruzeiro.
Há várias opções de hotéis de selva (chamados de lodges) na região, mas, após algumas pesquisas, optamos pelo Tucan Amazon Lodge, um hotel totalmente integrado à selva amazônica, rodeado por belezas naturais.
Está localizado às margens do Lago do Acajatuba, formado pelas águas do Rio Negro, no município de Iranduba, a cerca de duas horas de Manaus (uma hora de carro e mais uma hora de barco), com transfer podendo ser contratado direto com o hotel.
Nós combinamos com o motorista de nos pegar no hotel onde estávamos hospedados em Manaus logo após o almoço (pra quem não vai passar por Manaus, o transfer pode ser a partir do aeroporto). Seguimos de carro pela rodovia AM-070 até a ponte que cruza o Rio Ariaú, e dali seguimos de barco até o hotel.
Ponte sobre o Rio Ariaú |
Nosso barco e o piloto, Flávio, um dos proprietários do hotel |
Rio Ariaú |
SOBRE O HOTEL
O hotel, apesar de simples, oferece uma excelente estrutura, com diversos chalés com banheiros privativos, telas de proteção contra insetos e até ar condicionado. No chuveiro não há água quente, mas o calor daqueles dias foi tão intenso que não fez a menor falta.
O restaurante oferece alguns pratos da cozinha regional, mas tudo bem simples. Não vá esperando um café da manhã farto, pois devido à distância e alto custo do transporte, não é possível ter frutas e pães frescos diariamente.
Ao lado do restaurante há um bangalô com redes e uma belíssima vista da lagoa e do nascer do sol. Acompanhar o cair da noite dali também é imperdível!
Toda a estrutura do hotel é construída sobre palafitas para suportar as cheias dos rios, que acontecem no período de fevereiro a julho. Nossa viagem foi em dezembro, ainda na seca dos rios, mas já no início das chuvas.
Em resumo, o hotel oferece o conforto necessário para uma boa hospedagem, sem perder a rusticidade de uma experiência na selva.
Vale ressaltar que não há muitos mosquitos na região, primeiro por causa do elevado grau de acidez das águas do Rio Negro, que não permite que os mosquitos se proliferem, e segundo por causa da deliciosa brisa que sopra sobre o Lago do Acajatuba.
Matrinxã recheado |
O papagaio chamado "Feio" |
Curuminzinha Maria e seu papagaio Feio |
SOBRE OS PASSEIOS
Se você optar por comprar os pacotes oferecidos pelo hotel, você terá tudo incluso: café da manhã, almoço, jantar e dois passeios por dias, entre eles: passeios de barco, caminhada na selva, focagem de jacaré, visita à aldeia indígena, nadar com os botos, pesca de piranhas, visita à casa do caboclo, visita à Samaúma, e outros, todos com guia local.
Nós, como iríamos fazer um cruzeiro pelo Rio Solimões, cujo pacote já incluía alguns desses passeios, optamos por comprar apenas a hospedagem, e pagar as refeições e os passeios a parte, mas a melhor opção é mesmo o pacote fechado.
VISITA À ALDEIA INDÍGENA DA TRIBO KUBEO
Já no primeiro dia, no final da tarde, fizemos a visita à aldeia indígena da tribo kubeo, que foi uma experiência incrível. Os turistas são recebidos na oca principal, com paredes e teto de sapê e chão de terra batida. COPIAR O RESTO DO FACEBOOK.
Oca principal |
Ocas menores onde vivem os índios |
Índio Jair, substituindo o cacique da tribo |
Apresentação de danças e rituais |
Provando a bebida fermentada dos índios |
CAMINHADA NA SELVA
A princípio, esse passeio não estava nos nossos planos, mas como iríamos ficar a manhã toda livre, e no hotel não há muito o que fazer, resolvemos fazer o passeio. E claro que, estar ali, num pedacinho do pulmão do munto, valeu muito a pena. A trilha é bem tranquila e o guia vai explicando tudo, falando sobre as principais espécies nativas e animais da região, entre eles, os macacos-prego, que sempre aparecem, mas ficam bem no alto das copas e somem rapidamente, sendo muito difícil fotografá-los assim. Mas tivemos a sorte de encontrar uma preguiça, que ficou estática nos olhando.
Nosso guia Iamal |
Esse é o angelim-pedra, uma das árvores mais altas da floresta amazônica |
Bicho-preguiça |
Camaleão |
VISITA À SAMAÚMA
A Samaúma, considerada a rainha da Amazônia, é uma árvore sagrada para os maias e povos indígenas, e muito conhecida por sua grandeza, podendo chegar a 50 metros de altura e viver cerca de 120 anos. É inexplicável a sensação de "abraçar" uma árvore dessas.
Observação: a marca escura no tronco acima da gente é o nível do rio no período das cheias. Nesse dia o nível das águas estava bem abaixo dali (veja foto na sequência das fotos da samaúma).
Nível da água |
MERGULHO COM OS BOTOS
Enfim, o tão esperado mergulho com os botos-cor-de-rosa, conhecidos por serem um dos maiores personagens do folclore brasileiro, cercados de lendas.
Na Amazônia, ele é conhecido como boto-vermelho e é a maior espécie de golfinho fluvial entre as quatro existentes no planeta, podendo chegar a 2,5 metros de comprimento e pesar até 200 quilos.
O mergulho é feito no Recanto do Boto, localizado no Lago Acajatuba, em Manacapuru-Am, (em frente ao nosso hotel, do outro lado da margem do lago) e a atração é autorizada pelo Ibama. Ali os botos vivem livres nas águas do Rio Negro, e se aproximam atraídos pelos peixes distribuídos pelo tratador.
Hora da despedida... gratidão por aqueles dias incríveis!!!
Com Thales (proprietário do hotel) e a curuminzinha Maria |
Com a equipe do hotel e outro casal de hóspedes |
Flávio e Thales, os proprietários |
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