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Carambeí e Castro - PR - dez/2016

A princípio, Carambeí e Castro nem estavam em nosso roteiro. A ideia inicial era passarmos pela principais cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul colonizadas por imigrantes europeus. Iríamos eu, o Marcelo, e minha irmã Daianne. 

Saímos cedo de Londrina, no dia 26 de dezembro de 2015, ainda um pouco exaustos das comemorações natalinas, e logo na nossa primeira parada para um café, minha irmão sugeriu de passarmos por Carambeí e Castro, já que também tiveram grande influência de imigrantes europeus. 

Estávamos com o carro da Daia, e no porta malas havia um pequeno quadro de giz que ela tinha usado em outra ocasião, e que, graças a sua imaginação e criatividade, virou um plaquinha indicativa com a qual brincamos durante toda a viagem, como se estivéssemos em algum lugar da Europa. Foi super divertido!!

É possível ver as postagens feitas à época no Facebook através da hashtag #europacomreal.

Nossa passagem por Carambeí e Castro foi bem rápida, pois não queríamos chegar muito tarde ao nosso destino inicial.

Carambeí, que inicialmente foi uma colônia agrícola, foi fundada por holandeses que chegaram à região a partir de 1911. Lá instituíram a Cooperativa mista Batavo Ltda e a Cooperativa de Laticínios do Paraná Ltda. Em 13 de dezembro de 1995, a colônia holandesa tornou-se um município brasileiro.

Já a cidade de Castro era, inicialmente, apenas um pouso de tropeiros, com o nome de Pouso do Iapó, que se firmou como povoação em 1751. Passou à freguesia, depois vila, e ganhou foros de cidade em 1857, com o nome de Castro. Os imigrantes chegaram a partir de 1885. Eram poloneses, alemães, italianos, russos e holandeses.

O crescimento da Cooperativa Batavo em Carambeí possibilitou a vinda de novos colonos para o Paraná, sendo que em 1951, desembarcou no Rio de Janeiro um outro grupo de famílias holandesas. Castro foi o município escolhido, e em 5000 ha, às margens do rio Iapó, foi fundada a Colônia de Castrolanda, onde os imigrantes construíram estradas, casas e estábulos para os reprodutores bovinos de produção leiteira, o que deu início à Cooperativa Castrolanda, que se desenvolveu apesar de todos os problemas de doenças, falta de assistência e dificuldades para adaptação dos imigrantes ao clima.

Em Carambeí, é possível visitar o Parque Histórico da cidade, instalado em um terreno de 100 mil metros quadrados através de parceria entre a Associação do Parque Histórico de Carambeí e a Cooperativa Agroindustrial Batavo. Está composto de equipamentos culturais integrados, retratando temáticas ambientadas na Cultura Histórica da Imigração, no Cooperativismo, na Agroindústria, Meio Ambiente e Turismo, com obras que retrataram a saga dos imigrantes e outras que mostraram a cultura e o espírito empreendedor dos pioneiros holandeses no Brasil.

Nós, infelizmente, não conseguimos visitar o parque, o qual não abre ao público às segundas-feiras. Fizemos apenas algumas fotos da entrada.




Em Castro, seguimos direto para a Castrolanda para visitar um dos maiores moinhos de vento do mundo: O Imigrante (De Immigrant), inaugurado em 30 de novembro de 2001.

De Immigrante é um grande monumento de 26 metros de envergadura, possui duas mós conseguindo produzir até 3.000 kg de farinha de trigo, e mecanismos, engrenagens, pinos e encaixes feitos quase que totalmente em madeira. O projeto é assinado e executado pelo arquiteto holandês Jan Heijdra, especialista em moinhos de vento, como homenagem aos imigrantes holandeses da década de 1950 que colonizaram a região. O moinho é acionado pelo moleiro Rafael Rabbers - único operador de moinho de vento diplomado do Brasil -, que trabalhou na construção e posteriormente foi treinado para operá-lo. De Immigrant funciona perfeitamente e pode ser visitado por dentro até a cúpula. Além do moinho, a construção abriga salão de eventos, museu, restaurante, biblioteca e loja de artesanato.

Infelizmente não foi possível visitar seu interior,  pois também não abre ao público às segundas-feiras, mas valeu ver de perto um moinho típico holandês. E lá está a nossa plaquinha, fazendo referência à Holanda.






Voltando ao nosso roteiro inicial, seguimos para Treze Tílias, em Santa Cataria. O Tirol Brasileiro.

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