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Diário de viagem - Peru - 2018 - parte 2 - Puno e Lago Titicaca

  • Dia 01 de setembro de 2018
 
Depois de dois dias incríveis passeando pela capital peruana (clique aqui para ver o post sobre Lima), seguimos para Puno, uma pequena cidade às margens do famoso Lago Titicaca, um dos maiores lagos da América do Sul e o corpo de água navegável mais elevado do mundo. A cidade de Puno não possui aeroporto, então pegamos um vôo até Juliaca, que fica a 44km de Puno, e de lá pegamos um táxi até o Hotel Conde Lemos, localizado bem no centro da cidade, ao lado da Catedral.

Puno, apesar de ser uma cidade bem pequena, é um centro de comércio regional e também considerada a "capital folclórica" do Peru devido aos festivais tradicionais com música e dança vibrante. A cidade em si não possui muitos atrativos turísticos, mas é a base para explorar os encantos do Lago Titicaca do lado peruano e alguns sítios arqueológicos da região.

Chegamos cedo, antes do horário de check-in do hotel. Nossa ideia, a princípio, era de deixarmos as malas na recepção e sairmos para conhecer a cidade, mas o mal da altitude, o chamado "Soroche", me pegou de jeito, afinal, estávamos a 3.827 metros de altitude. Passei muito mal, com tontura e forte dor de cabeça. Tomei o tão falado "chá de folha de coca", muito popular na região andina e indispensável para aliviar os sintomas causados pelo ar rarefeito, e também masquei a folha, tudo oferecido pelo hotel. Mesmo assim demorou para passar o mal estar. A sorte é que a recepção do hotel era bem confortável, com algumas salas e sofás, e também dispõe de cilindros de oxigênio para os hóspedes, caso necessário. Daí, percebe-se o quanto é comum as pessoas passarem mal. Ficamos um bom tempo por ali até o check-in. Já no quarto, ainda tivemos que ficar mais um tempo aguardando eu melhorar. Só aí saímos para almoçar.

Dica importante: não planeje nenhum passeio para o dia de chegada em Puno ou Cusco. É preciso um tempo para seu organismo se acostumar com a altitude e o ar rarefeito. Nós havíamos planejado visitar o  Complexo Arqueológico de Sillustani e os mirantes do Puma e do Morro Huajsapata na parte da tarde, mas infelizmente tivemos que excluir do roteiro. Achamos melhor não fazermos muito esforço para ficarmos bem para o dia seguinte.

Passado o mal estar, resolvemos caminhar até às margens do Lago Titicaca para almoçar. No caminho, nossa primeira parada foi na Catedral de Puno, construída em pedra no século XVIII e localizada em frente a Praça das Armas, onde um pequeno grupo de pessoas nos chamou a atenção. Era um casamento e tivemos a sorte de ver a entrada da noiva e até tirar fotos com os padrinhos, que usavam trajes típicos.

Entrada da noiva

Nós e os padrinhos, em trajes típicos

Praça das Armas e Catedral de Puno

Dali seguimos em direção ao Lago, e no caminho passamos por uma feira onde vendia-se desde hortifruti até roupas e sapatos. O que mais nos chamou a atenção foram as variedades de batatas. Dizem que há mais de 4.000 só no Peru, das cerca de 5.000 que existem em todo o mundo.





Às margens do lago há alguns pequenos restaurantes e escolhemos um deles para almoçar. Veja o post "O que e onde comer em Lima e outras cidades do Peru".

Depois do Almoço foi a vez da minha irmã passar mal, com enjoo e dor de cabeça. Ficamos por ali um tempo até ela melhorar, e aproveitamos para comprar uns chapéus típicos e tirar umas fotos às margens do Lago Titicaca.

 



A volta para o hotel foi de tuc tuc, um meio de transporte rápido, barato e muito comum na cidade. Estão por todos os lados e disputam espaço com os outros veículos no trânsito tumultuado e nas ruas estreitas de Puno.



Passamos o resto do dia no quarto do hotel descansando. Saímos só à noite, quando já estávamos bem melhores, para comer uma pizza num restaurante ali perto. O lugar é bem legal. Enquanto preparam a pizza, você aproveita o tempo jogando na mesa. Veja mais no post "O que e onde comer em Lima e outras cidades do Peru".



  • Dia 02 de setembro de 2018

No dia seguinte acordamos bem, e saímos cedo para o tão esperado passeio pelas Ilhas flutuantes de Uros. Contratamos um tour no qual estava incluso um passeio pela Ilha Taquile, onde iríamos almoçar numa casa de família, com comida típica. 

Há diversos tipos de passeios pelo Lago Titicaca, e que podem ser contratados nas agências turísticas, ou direto no pier, de onde partem os barcos. Nós contratamos o passeio no pier mesmo, um pouco antes do embarque.

Clique aqui para saber como foi nosso passeio.

Retornamos do passeio já no fim da tarde. Dessa vez, retornamos para o hotel, no centro da cidade, a pé mesmo, caminhando pelas movimentadas e barulhentas ruas de Puno.


Já próximo ao nosso hotel, paramos para fazer um lanche no Incabar Salon, localizado bem em frente à Praça Maior. É um restaurante espaçoso, bem decorado e com um cardápio bem variado.



À noite saímos para andar um pouco mais pelas ruas da cidade. A rua Jr. Lima é a principal rua de Puno, com grande concentração de restaurantes, agências, lojas e hospedagens, com um trecho exclusivo para pedestres.



Seguindo pela rua Jr. Lima, chegamos ao Parque Pino, um pequeno espaço contornado por bancos e arbustos, e um monumento central, dedicado a Manuel Pino, um doutor, educador e político local, falecido em 1881. Ao seu redor também estão a a Igreja de San Juan, o Santuário de la Virgen de la Candelaria, e o Glorioso Colégio Nacional de São Carlos (construção em azul na foto abaixo).


E as feiras de ruas também são comuns à noite. Ali você encontra de tudo um pouco. É muito interessante.




Depois da caminhada, paramos para comer um pizza no mesmo restaurante da noite anterior, bem perto do nosso hotel. Optamos por não comer nada muito diferente, porque no dia seguinte iríamos de ônibus para Cusco, e queríamos estar bem. Achamos melhor ficar na pizza mesmo.

  • Dia 03 de setembro de 2018
Acordamos bem cedo porque nosso ônibus para Cusco sairia às 8:00. Pegamos um táxi e seguimos para a rodoviária. As passagens havíamos comprado antecipadamente no site da Cruz del Sur, e antes de comprá-las, pesquisei bastante sobre as opções disponíveis para irmos de Puno a Cusco. A escolha pelo ônibus foi em razão das lindas paisagens dos Andes que veríamos ao longo da viagem. Alguns preferem o ônibus turístico, que faz algumas paradas pelo caminho, mas em minhas pesquisas, vi muitas reclamações de diversos tipos, mas o que me fez descartar de vez essa opção foram as reclamações de que a maioria dos ônibus são muito ruins. Sobre os ônibus de linha, vi que a empresa mais bem conceituada no Peru era a Cruz del Sur. 
 
Então, essa foi a nossa escolha. E, de fato, foi uma escolha muito acertada. A empresa é muito organizada e preza pela segurança e comodidade dos viajantes. Antes de embarcar, eles registram o rosto dos passageiros (tipo reconhecimento facial). Achei isso bem interessante. As poltronas são muito confortáveis e a viagem foi maravilhosa. Foram cerca de 8 horas em 380km de lindas paisagens pelos Andes.
 
Já no ônibus, a última foto da cidade, com o Lago Titicaca ao fundo:










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