Diário de Viagem - Amsterdam 2015 - parte 1
- Dia 08 de janeiro de 2015 (continuação)
Não existe controle de fronteiras na viagem de trem entre Paris e Amsterdam, o que significa que você não terá que mostrar o seu passaporte antes de embarcar para nenhum oficial de imigração, nem receberá nenhum carimbo. No entanto, é bom lembrar que os serviços de imigração destes países algumas vezes entram nos trens e verificam os passaportes de alguns, senão de todos os passageiros. Cidadãos brasileiros não precisam de visto para entrar na Holanda ou em qualquer um dos países da União Europeia.
De Paris até Bruxelas tivemos a companhia de um belga muito simpático, que até entendia um pouco de português. Depois o trem seguiu mais vazio. Chegamos na Estação Central de Amsterdam por volta das 14:00. Caía uma chuvinha fina e fazia muito frio. Como o hotel era perto, resolvemos seguir a pé.
Mesmo com chuva, a cidade encanta o turista logo de cara, com suas construções que parecem ser feitas com tijolinhos de brinquedo.
Ao sairmos da estação, perdi o sinal do GPS e me confundi com a localização do hotel no mapa e tivemos que pedir informações. Aí já viu né...acabamos nos perdendo, tomos chuva e demos uma volta enorme até chegarmos ao hotel. Nos hospedamos no Westcord City Centre Hotel, cujas reservas havíamos feito antecipadamente pelo site Decolar.com. Na recepção, pra variar, um pouco de dificuldade na comunicação, mas no final, deu tudo certo.
Deixamos as malas no hotel e saímos para comer, pois já era tarde e ainda não tínhamos almoçado. Paramos no primeiro restaurante que encontramos, um restaurante simples, que servia menus com arroz, salada e carne ou peixe. Optamos pelo peixe, mas foi uma péssima escolha. O peixe estava super gorduroso, e a comida em geral não era nada saborosa. Isso que dá entrar no primeiro restaurante pra matar a fome. Mas tudo bem, não dá para acertar sempre.
Saímos dali e resolver seguir caminhando pela cidade, cruzando suas ruas e canais, que são uma das maiores atrações da cidade. Sem eles, Amsterdam não seria a mesma. A cidade tem cerca de 160 canais e 1.500 pontes, e a área ao redor dos canais mais antigos foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, em 2010.
Além dos canais, outra coisa que chama a atenção nas ruas centrais da cidade são os Coffeeshops, estabelecimentos regulamentados onde se pode consumir livremente a maconha e produtos derivados da erva. São vários estabelecimentos espalhados pela cidade.
Andamos mais um pouco e quando me dei conta, estávamos no famoso Red Light District (Distrito da Luz Vermelha) de Amsterdam.
O histórico Distrito da Luz Vermelha de Amsterdã é chamado De Wallen (barragens), quatro dos quais formam este bairro. Os visitantes geralmente se surpreendem ao ver que, durante o dia, o De Wallen se parece com o restante da cidade, com ruas de paralelepípedo, casas triangulares estreitas e cafeterias charmosas. As luzes vermelhas e as mulheres exibidas nas vitrines são vistas somente ao cair da noite. O lugar é muito curioso e vale a pena conhecer. Centenas de mulheres das mais diversas nacionalidades, vestidas apenas com lingeries, se exibem em enormes vitrines com iluminação vermelha e tentam vender seus serviços piscando e gesticulando para os pedestres. Quando estão "trabalhando", as cortinas da vitrine se fecham, pois as camas ficam ali mesmo, atrás das vitrines. Na região também há várias lojas de produtos eróticos, museus do sexo e casas de shows e espetáculos eróticos. No meio do bairro, contrastando com o profano, está localizada a Oude Kerk (Igreja Velha), a igreja mais antiga da cidade.
O De Wallen é uma área bem policiada, até mais segura que outras partes da cidade. Ainda assim, ladrões, mendigos e viciados algumas vezes tentam se aproximar dos turistas distraídos. Lembre-se de que é considerado ofensivo tirar fotos das janelas com as prostitutas. Para evitar confronto, somente aponte sua câmera para a rua e os prédios no geral, para capturar a atmosfera do local, em vez de tentar fotografar as profissionais.
Apesar da fama e do liberalismo da cidade, Amsterdam é muito mais que maconha e prostitutas. A cidade nos encantou pela beleza dos canais, pelo grande número de atrações a serem vistas, e pelo clima jovem e divertido da cidade.
Na volta para o hotel, paramos no Cafe Van Beeren (em Amsterdam os bares são chamados de cafe) para tomarmos uma cerveja. O ambiente é tipicamente holandês, com uma boa carta de cervejas e excelente atmosfera.
E assim encerramos nosso primeiro dia em Amsterdam. Voltamos para o hotel e dormimos mais cedo naquela noite, enquanto lá fora chovia.
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