Menu

Diário de viagem - Paris 2015 - parte 3

  •   Dia 05 de janeiro de 2015

Como nos demais dias, acordamos cedo, preparamos nosso café da manhã e seguimos para o nosso passeio. 

O dia estava preguiçoso e bastante nublado, mas Montmartre nos esperava.

Pegamos o metrô em frente ao hotel e precisávamos descer na estação Abbesses. Para isso, tivemos que fazer duas baldeações, mas foi bem tranquilo.

Montmartre é um bairro boêmio de Paris, situado no alto de uma colina, em uma das regiões mais bucólicas e charmosas da cidade por causa de suas ruazinhas arborizadas, seus pintores de rua, seus cafés e cabarés. É lá que fica o Moulin Rouge, um dos mais famosos cabarés da cidade, e o café do filme da Amélie Poulain. Além disso, como fica no alto de uma colina, oferece uma das mais lindas vistas da cidade. No ponto mais alto da colina situa-se a famosa Basílica de Sacré-Coeur (Basílica do Sagrado Coração).

Chegando na estação Abbesses, há basicamente dois caminhos para chegar à basílica: se seguir pela rua Yvonne le Tac você vai sair em frente às escadarias da basílica; se seguir à esquerda, pela rua la Vieuville, você poderá passar primeiro pela Praça do Teatro. Nós optamos por esse segundo caminho. No trajeto tivemos que encarar duas enormes escadarias até chegar à praça.

A Praça do Teatro (Place du Tertre, em francês) é um importante e animado centro de visitação turística em pleno coração de Montmartre. Fica a apenas algumas ruas de distância da Basilique du Sacré Cœur, da igreja de Saint-Pierre de Montmartre e do famoso cabaret Lapin Agile.

 

No fim do século XIX e no início do século XX, Montmartre era considerado a Meca da arte moderna e era frequentado por artistas como Toulouse Lautrec, Renoir, Picasso e Utrillo, que tinham ateliers ou moravam num pequeno edifício apelidado Bateau Lavoir. As características do bairro mudaram e não há mais grandes mestres da pintura por lá, mas a  pitoresca e animada praça continua sendo um dos principais pontos turísticos da cidade, com seus cafés com mesas na calçada, restaurantes, e uma exposição permanente com cavaletes de 140 artistas (pintores, retratistas, caricaturistas) que expõem as suas obras e pintam ao ar livre.

Apaixonada pelas artes como sou, é claro que amei o lugar. Pena que o vento estava congelante, acho que por causa da altura da região, e estava insuportável ficar ali. Então seguimos para a basílica. 

No caminho entre a praça e a basílica há muitas lojas de souvenirs e belíssimas reproduções de pinturas que retratam a cidade. Vale a pena ter um tempinho livre pra vasculhar as lojinhas.

Chegamos então à Basílica do Sagrado Coração (em francês, basilique du Sacré-Cœur). A basílica foi construída com mármore travertino extraído da região de Seine-et-Marne, o que lhe proporciona uma tonalidade branca. Um dos monumentos mais visitados da França, a basílica tem o formato de cruz grega adornada por quatro cúpulas, incluindo a cúpula central de oitenta metros de altura. Sua construção, inspirada na arquitetura romana e bizantina, começou em 1875 e foi concluída em 1914, embora sua consagração tenha ocorrido apenas após o final da Primeira Guerra Mundial.

Era domingo, dia de missa, e chegamos na hora da comunhão. Foi emocionante participar da comunhão ali naquela igreja, numa missa toda cantada pelo bispo e por um coral de freiras. Uma experiência que vale a pena, independente da formação religiosa. Pena não ser permitido fotografar o interior da igreja...belíssima.

 

 

 

 

Depois seguimos por Montmartre a procura do edifício conhecido como Bateau Lavoir. Le Bateau-Lavoir é o apelido que o pintor francês Max Jacob deu para um edifício situado na praça Émile Goudeau. O local teve papel importante para a história da arte porque ali, no fim do século XIX, vários artistas que se tornariam célebres passaram a morar ou instalaram os seus ateliers, entre eles, Picasso, Brancusi e Modigliani Quando estourou a Primeira Guerra Mundial, muitos dos artistas mudaram-se para outras áreas, principalmente para Montparnasse. Em maio de 1970 o Bateau-Lavoir foi destruido por um incêndio, mas foi restaurado pelo arquiteto Claude Charpentier e atualmente é ocupado por artistas estrangeiros.

A praça estava completamente vazia, primeiro porque o local não está entre os principais pontos turísticos da cidade, e segundo porque fazia muito, mas muito frio. Então demos apenas uma volta pela praça, fotografamos o local e retornamos para perto da Sacré-Coeur para almoçar.

 


  

 

Não me lembro do nome do restaurante onde almoçamos, mas ficava na rua do Mont Cenis. Era um restaurante pequeno, mas bem aconchegante. O garçom foi muito simpático, principalmente quando dissemos que éramos brasileiros. Na mesa ao lado almoçavam dois turistas japoneses também muito simpáticos que tentaram puxar uma conversa quando ouviram a gente dizer que éramos do Brasil, mas novamente meu inglês nos deixou na mão e não foi possível a comunicação com os dois. Pedi uma sopa de cebola para me aquecer, mas a porção era tão grande e tão saborosa que fiquei satisfeita só com a entrada, e o Marcelo teve que me ajudar com o salmão, que também estava delicioso. Quanto ao prato do Marcelo, foi um pouco engraçado. Ele escolheu algo no cardápio sem saber o que era exatamente, e veio um peito de frango inteiro, mais parecido com um pombo, pelo tamanho. Além da aparência engraçada, o Marcelo não gosta muito de frango. Ainda bem que eu não aguentei comer todo o meu salmão e pude dividir com ele.

 

Após o almoço, seguimos passeando pela região. Entramos em algumas lojas e retornamos para a Sacré-Cœur. No fundo da igreja há uma pequena e bonita praça. Tiramos algumas fotos ali e depois entramos novamente na basílica para adquirir uma medalha de lembrança.

 

 

 

 

 

 

Diante do insuportável frio que fazia lá no alto, resolvemos deixar Montmartre e continuar nosso turismo em outra região. Descemos as escadarias em frente à Sacré-Cœur, passamos pelo carrosel e seguimos pela rua de Steinkerque, cheia de lojas de souvenirs e comércio popular. Tomamos um rápido café e seguimos para a estação Anvers. Pegamos a linha 2 (azul escuro) e depois, na estação Place de Clichy, pegamos a linha 13 (azul claro) até a estação Invalides.

A ideia era visitarmos o Palácio dos Inválidos, mas já eram quase 16h e o local fechava às 17h. No entanto, como iríamos utilizar o Museum Pass para a entrada, resolvemos tentar ver o que desse naquele dia, e outro dia retornaríamos para ver o resto.

O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede do Museu des Invalides ou Museu das Armas (Musée de I' Armée). Entre as personalidades ilustres lá sepultadas encontra-se Napoleão Bonaparte, assim como o coração de Sébastien Le Prestre de Vauban.

 

 

Iniciamos nosso passeio pelo local onde fica o túmulo de Napoleão. O túmulo de Napoleão é absurdamente grande. A cripta fica ao centro numa espécie de sala inferior rodeada por estátuas igualmente gigantescas. Nas paredes ao redor da cripta estão esculpidos os feitos de Napoleão durante os anos de seu Império. Estão lá as mudanças nas leis, o Código Napoleônico, as conquistas e as construções ordenadas por ele, como o Arco do Triunfo.

 

 

 

Além do túmulo de Napoleão, também estão lá os túmulos de seu filho François Bonaparte (Napoleão II), José e Jerónimo Bonaparte, irmãos de Napoleão, e os generais do Império, Géraud Duroc e Henri Bertrand, dispostos em salas ao redor da cripta central.

O local é impressionante, e vale muito a pena a visita. O restante do passeio pelo Museu das Armas tivemos que deixar para outro dia.

Seguimos pela Esplanade des Invalides e cruzamos o rio Sena pela imponente ponte Alexandre III.

 

 

Passamos pelas belíssimas contruções do Grand Palais e Petit Palais, onde hoje funcionam galerias de arte e diversas exposições, e continuamos até a Av. des Champs-Èlysées. No cruzamento da Champs-Èlysées com a Av. Winston Churchill é possível se ter uma bela vista do Arco do Triunfo, de um lado, e da roda gigante, do outro.

 

 

Subimos pela Champs-Èlysées, visitamos várias lojas, compramos algumas lembrancinhas e paramos para comer uma baguete no La Brioche Dorée. Já havíamos comido um lanche em uma outra loja deles em nosso primeiro dia em Paris. É maravilhoso! Super indico.

Continuamos pela avenida até o Arco do Triunfo.

O Arco do Triunfo é um monumento construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais, e em sua base  encontra-se, desde 1921, o Túmulo do Soldado Desconhecido da Primeira Guerra Mundial. Para homenagear a sua memória, bem como a de todos os soldados mortos em combate, uma Chama da Memória arde no seu túmulo desde 1923. Por tradição, a chama é reacesa diariamente às 18h30. O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, no encontro das avenidas Charles de Gaulle e Champs-Élysées. Nas extremidades das avenidas encontram-se a Praça da Concórdia e na outra La Defense. O monumento tem 50 metros de altura, e foi concebido por Jean Chalgrin.

 

Além de tudo isso, o Arco do Triunfo reserva uma surpresa muito apreciada pelos visitantes que gostam de contemplar as alturas: um terraço panorâmico com uma vista excepcional sobre a capital, desde o Museu do Louvre até ao Grande Arco da Defesa. Para além disso, é um local privilegiado para admirar a organização em forma de estrela da Praça Charles de Gaulle, mais conhecida pelo antigo nome de Praça da Estrela, e as doze avenidas que circundam a praça em forma de raio.

Para subir até o terraço é preciso enfrentar uma escadaria em espiral com 284 degraus. Haja fôlego! O guichê para compra de ingressos fica no subterrâneo, porém, nós utilizamos o Paris Museum Pass. Nâo me lembro que horas eram, mas já era tarde, e não havia nenhuma fila. Apesar do tempo levemente nublado, valeu a pena encarar os 284 degraus, pois a vista é mesmo linda!

 

 

 

Ao fim do passeio já era tarde e fazia muito frio. Seguimos para a estação Charles de Gaulle Étoile, que fica em baixo do Arco do Triunfo, pegamos a linha 1 (amarelha) até a estação Châtelet e depois a linha 7 (rosa) até a estação Place d'Italie para retornarmos para o hotel.

Foi um dia de frio intenso, mas um dia inesquecível!

Fonte:
Wikipédia 

Comentários

Postagens mais visitadas