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O que e onde comer na Itália

A culinária italiana é uma das mais populares do mundo, com suas pizzas, massas, risotos e vinhos, e conhecida por sua diversidade. Isso porque, na Itália, cada região possui características culinárias próprias: primeiro, ao nível regional, depois, provinciano — daí a resposta para tantos pratos deliciosos! 

Por conta da influência mediterrânea, a gastronomia italiana possui uma forte presença de azeite de oliva, temperos, especiarias, hortaliças, frutas secas e oleaginosas. Inclusive, esses ingredientes foram bastante difundidos no Brasil graças aos imigrantes italianos.
 
1 - Pizza, massas e risotos
 
Esses são pratos tipicamente italianos e que você vai encontrar em qualquer restaurante, por toda a Itália. 
 
Sobre a pizza: a primeira Pizzaria da história foi aberta em Nápoles, em 1830, tornando a cidade uma espécie de referência global para o feitio de Pizzas. A partir de lá, as pizzas começaram a se espalhar pelo mundo afora, ganhando popularidade e muita variedade de sabores e de métodos de preparo.
 
Estando na Itália, você com certeza encontrará pizzas em todas as cidades, mas notará uma diferença entre elas. As pizzas napolitanas caracterizam-se por uma ter uma massa fina, macia, e com bordas aeradas e crocantes (estas encontramos mais ao norte da Itália). Já as romanas (mais ao sul) possuem uma borda bem pequena, mas a massa é bem crocante. Quanto aos sabores, não há tanta variedade como aqui no Brasil, mas a nossa preferida foi a "diávola", com peperoni picante.
 
Sobre as massas: as massas são, sem dúvidas, o forte da Itália! As mais famosas são o macarrão e a lasanha, mas também existem o raviole, o nhoque, o tortellini, e por aí vai. E há diversas formas de preparo, com diversas opções de molhos. Os mais tradicionais são o "molho à bolonhesa", feito com tomate e carne moída, o "carbonara", com parmesão, ovos, bacon e pimenta do reino, o "molho ao sugo", que leva basicamente tomate, sal e azeite, e o "molho pesto", feito com manjericão, alho, azeite, sal e pinoli.

Sobre o risoto: prato típico do norte da Itália, mais especificamente da região da Lombardia, o risoto, hoje difundido por todo o país, também possui diversas formas de preparo com diversos ingredientes diferentes, mas o mais famoso é o "risotto alla milanese", que surgiu em Milão e leva açafrão no seu preparo.

Se passar por Milão, não deixe de provar o "risotto ala Milanese con ossobuco", o melhor risoto de toda a viagem.

Pizza (do tipo napolitana) e massa em nosso primeiro dia na Itália, em Milão

Risoto com frutos do mar e espaguete ao pesto - em Veneza

Pizza (do tipo romana) e penne ao pesto - em Veneza

Pizza (do tipo romana) em Pienza

Lasagne alla bologneses, em Lucca, região da Toscana
 
Tordelli lucchesi al ragu di carne, em Lucca, região da Toscana

 
2 - Risotto alla milanese
 
O "risoto a milanês" é um dos pratos mais antigos e tradicionais da culinária milanesa, e leva em seu preparo açafrão.  Ir à Milão e não experimentá-lo é praticamente uma ofensa, e posso afirmar que o "risotto alla milanese con ossobuco" que comemos num restaurante ao lado da Galeria Vittorio Emanuele II foi o melhor risoto que comemos durante toda a viagem pela Itália.

 
 
3 - Pappardelle ai Funghi Porcini

O molho de "cogumelo porcini" é tradicional na região da Toscana, e normalmente é servido com massas do tipo pappardelle ou tagliatelle.

Pappardelle ai funghi porcini, do Restaurante Il Bargello, em Florença
 
 
4 - Bisteca alla Fiorentina

A Bisteca alla Fiorentina é um prato típico de Florença e de toda a região da Toscana, mas muito simples. O corte é formado pelo osso em forma de T que separa o contra-filet do filet mignon. A peça é cortada com cerca de 3cm de altura, temperada com sal e pimenta do reino, e assada em grelha ou panela de ferro.

Provamos o prato no restaurante Il Bargello, na Piazza della Signoria, em Florença. Gostamos tanto do restaurante e do atendimento que almoçamos lá nos dois dias em que estivemos na cidade.
 

 

 
 
5 - Cinghiale (javali)

A carne de javali é muito presente na gastronomia toscana, podendo ser preparada de diversas formas. Os principais pratos com javali são: pappardelle al cinghiale, cinghiale con polenta e cinghiale in umido (ensopado)

Pappardelle al cinghiale, do Restaurante Il Bargello, em Florença
 
Tagliatelle al cinghiale, em San Gimignano

Cighiale in salmi (molho) con fagioli (feijão) cannellini, em San Gimignano

 
6 - Baccalà Mantecato, Fegato alla Veneziana e Sarde in Saor

São pratos típicos de Veneza. O "baccalà mantecatto" é praticamente um creme de bacalhau para comer com polenta ou fatias de pão. O "fegato alla veneziana" nada mais é que fígado (geralmente de vitela) acebolado. O "sarde in saor" (saor significa sabor) são sardinhas preparadas em camadas com cebolas e banhadas com vinagre.

Fegato alla veneziana con polenta e Baccalà mantecato con crostini - em Veneza

Sarde in saor - em Veneza

7 - Queijos

É grande a variedade de queijos italianos. Entre os mais tradicionais, estão o gorgonzola, o mascarpone, a mussarela, o parmesão, o pecorino romano (muito famoso em toda a Toscana, principalmente em Pienza e Volterra), a ricota e o provolone.

8 - Presunto toscano
 
O presunto toscano, chamado "prosciutto toscano" é diferente do parma, pois é mais salgado e possui pimenta do reino e ervas oromáticas externamente. O fato de ser mais salgado é devido ao pão toscano, que é feito sem sal

Pão toscano com queijo e presunto, em Pienza


9 - Bruschetta

A palavra bruschetta (brusqueta em português) vem de bruscatto, que significa torrado. Originalmente a brusqueta era uma fatia de pão italiano torrado, sevido com um fio de azeite e uma pitada de sal depois de ter sido esfregado em alho. Hoje, tradicionalmente a brusqueta é servida com tomate cortado em cubinhos, temperados com sal, azeite e manjericão, mas as guarnições podem variar, incluindo queijo ou outros ingredientes.

Bruschetta com tomate, em Roma


10 - Tiramisù
 
De origem da região do Veneto, o tiramisù é o doce italiano mais conhecido no mundo e um dos mais consumidos aqui no Basil.  É preparado com biscoito embebido em café, creme de mascarpone e chocolate, numa montagem que lembra um pavê.

Tiramsu - em Veneza

11 - Panna Cotta

Assim como o tiramisù, a panna cotta, que significa "nata cozida", também já é um pouco mais conhecida por aqui. A sobremesa é basicamente um creme de leite cozido e saborizado com baunilha. Tem uma textura super delicada e pode ser servida com compotas, calda de frutas, pedaços de frutas frescas ou, ainda, chocolate. Minha preferida é com calda de frutas vermelhas. Acabei esquecendo de tirar fotos... acho que foi por ser uma sobremesa já bem comum para mim, pois faço com bastante frequência em casa. Abaixo, a foto de uma que eu fiz... rs


 
12 - Cannolli

Outro doce italiano também famoso do Brasil é o Cannoli, que consiste num tubinho de massa crocante frita, recheado com creme a base de ricota ou mascarpone e ingredientes como baunilha, pistache, chocolate ou frutas cristalizadas.

Cannoli - em Veneza

13 - Ricciarelli, Cavallucci e Panforte

São doces típicos de Siena, na região da Toscana, e os mais famosos são os do Bar e Pasticceria Nannini.
 
O Ricciarelli, um dos melhores doces italianos que provei durante a viagem, é feito à base de amêndoas, açúcar, clara de ovo, e baunilha, assado e coberto com açúcar de confeiteiro. Podem levar chocolate ou frutas cristalizadas na massa.

Cavallucci são biscoitos feitos com mel e nozes, podendo levar também frutas cristalizadas na massa.

Panforte é um bolo italiano feito com amêndoas, avelãs e frutas secas da Toscana, podendo levar chocolate em sua massa, e possui uma textura que se assemelha aos torrones (outro doce típico italiano e bem conhecido no Brasil).




 
14 - Gelatto

Gelatto é o sorvete típico italiano, feito a base de creme de leite. Não existe nenum sorvete no mundo que chegue aos pés do bom gelatto artegianale (artesanal) da Itália. Nós provamos um gelatto em Florença, na Piazza Michelangelo, com uma belíssima vista para a cidade, e outro em San Gimignano, na Gelateria Dondoli, que já ganhou o prêmio do melhor sorvete do mundo.

Gelateria em Florença

Em Florença, com vista para a cidade

Na gelateria Dondoli, em San Gimignano, que ganhou o prêmio de melhor sorvete do mundo

 
15 - Limoncello 

O Limoncello é um licor de limão siciliano e um dos produtos italianos mais famosos no mundo. Normalmente tomado após as refeições, é considerado um licor digestivo e, apesar de ser uma especialidade do sul da Itália, é produzido em diversas regiões e muito consumido em todo o país. E claro que, além de bebermos em diversos restaurantes, trouxemos uma garrafa que compramos em Roma. Acabei não tirando fotos.
 
 
16 - Aperol Spritz (ou Spritz Veneziano)
 
O famoso drink Spritz, que há poucos anos virou moda no mundo todo, já era consumido na Itália há muitos anos. O drink nasceu na  região do Vêneto, e é preparado com 1/3 de prosecco (espumante italiano), 1/3 de soda e 1/3 de bitter (que pode ser Aperol ou Campari), mas o mais tradicional é com Aperol.

Aperol Spritz - em Veneza


17 - Bellini

Bellini é um drink que nasceu em Veneza e conquistou paladares do mundo todo graças à combinação de delicados pêssegos brancos cultivados na região do Vêneto com o Prosecco (espumante italiano). Em Veneza encontramos garrafas prontas do famoso drink, e compramos para brindar o ano novo. Faltou a foto.

 
18 - Vinhos

Assim como na França, os vinhos italianos não são separados pelo tipo de uva. Então não espere ver nomes como Cabernet Sauvignon, Carménère ou Merlot nos rótulos. O que você vai ver serão nomes relacionados à região em que são produzidos. Podemos citar como exemplo o "Barolo", um vinho típico de Piemonte, ou o "Chiant", produzido na Toscana, ou ainda o "Brunello di Montalcino", do sul da Toscana. Você verá que os vinhos terão, essencialmente, dois “selos” diferentes: o DOC e o DOCG: a segunda opção é para os vinhos mais elaborados e, portanto, de maior qualidade. 
 
Além dos vinhos DOC e DOCG, a Itália também conta com vinhos mais simples e baratos conhecidos como Vino da Tavola, que literalmente significa “vinho de mesa”. Neste caso, não há qualquer indicação da origem do vinho, já que ela pressupõe um nível de qualidade, e este tipo de vinho não possui essas qualidades. Mesmo assim, é comum que alguns vinhos desses, mais baratos, surpreendam com uma qualidade próxima dos mais elaborados!
 
Nos restaurantes nós tomávamos sempre o vinho de mesa, que, para o nosso paladar não muito exigente, eram deliciosos.  Os vinhos mais elaborados não são vendidos em taças, então, se não for consumir uma garrafa inteira, a melhor opção para conhecer esses vinhos é fazer uma degustação em vinícolas ou restaurantes que oferecem degustação de vinhos. Nós fizemos uma degustação do Brunello di Montalcino num restaurante em Montalcino. Por lá, quase todos os restaurantes oferecem essa degustação em seu cardápio.


 

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