Menu

Diário de viagem - Itália - Roma e Vaticano

  • Dia 08 de janeiro de 2020

Deixamos Pienza rumo ao nosso último destino da viagem: Roma, a capital italiana com uma história que abrange 28 séculos.

Antes de devolvermos o carro alugado, resolvemos visitar a Via Ápia Antiga, que fica um pouco mais afastada do centro histórico de Roma.


A Via Ápia Antiga foi uma das estradas mais importantes da antiguidade Romana e, não por acaso, é chamada de "Regina Viarum" (Rainha das Estradas). Ao longo do trecho preservado até hoje há diversas sepulturas e necrópoles, uma vez que era proibido ter cemitérios dentro da cidade.


Mausoléu de Cecília Motella, construído entre os anos 30 e 10 a.C.

Basílica e catacumba de São Sebastião

Seu nome é originário do magistrado responsável pela sua construção: Appio Claudio Cieco. As obras começaram em 312 a.C., e na época utilizou-se inicialmente um traçado de uma estrada que ligava Roma a uma cidadezinha dos arredores. Posteriormente, Appio decidiu prolongar a avenida até Cápua (na região Campania). Em um segundo momento, a avenida foi estendida até Brindiso, chegando a ter no ottal, cerca de 650 quilômetros de extensão. Brindisi era um dos principais portos de comunicação entre Roma, Grécia e Oriente. Se levarmos em consideração a época em que ela foi construída, ou seja, entre o terceiro e segundo século antes de Cristo, a Via Ápia Antiga pode ser considerada uma das maiores obras da engenharia civil do mundo antigo.

Se tiver tempo, é possível alugar uma bicicleta para passear pela Via Ápia Antiga. Nós fizemos apenas uma curta caminhada para visitar alguns pontos turísticos. Saiba mais no site www.romapravoce.com.

Após o passeio, devolvemos o carro alugado e seguimos para o hotel. Ficamos hospedados no Hotel Le Petit, um lugar bem simples, mas muito bem localizado, próximo da estação de metrô "Repubblica", da estação de trem "Termini", e da Via Nazionale, uma das principais avenidas de Roma, com diversas lojas e restaurantes.

  • Dia 09 de janeiro de 2020

Saímos cedo para visitar um dos principais pontos turísticos de Roma: o Coliseu

Compramos os ingressos antecipadamente pelo site do Coliseu, com direito à entrada ao Fórum Romano e Monte Palatino. Já falei sobre as modalidades dos bilhetes no post "Planejamento de Viagem".

O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, foi construído entre 72d.C. e 80d.C. durante o governo do imperador Vespasiano. Originalmente o Coliseu foi construído para combates de gladiadores e espetáculos públicos, mas deixou de ser usado para entretenimento na era medieval.



Entre o Coliseu e o Monte Palatino encontra-se o Arco de Constantino, construído em 315d.C. por ordem do Senado Romano para comemorar a vitória do Imperador Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Milvia, em 312. Sob ela passava a Via Triunfal, a rota seguida pelos grandes generais e imperadores romanos em seus triunfos.

O Monte Palatino é a mais central das sete colinas de Roma e uma das mais antigas áreas da cidade. Tem uma elevação de 40 metros acima do Fórum Romano, para o qual tem vista em um dos seus lados. A partir do império de Augusto, os palácios imperiais de Roma passaram a ser construídos ali.

A partir do século XVI, o Monte Palatino passou a ser propriedade da família Farnésio e foi ocupado pelos chamados "Jardins Farnésios", hoje conservados parcialmente sobre os restos do Palácio Tiberiano.

Ruínas do Palácio Tiberiano

Jardins Farnésios

Jardins Farnésios

Fórum Romano visto do Monte Palatino

Basílica de Santa Francesca Romana e Coliseu vistos do Monte Palatino

O Fórum Romano é uma praça retangular no centro de Roma circundado pelas ruínas de diversas construções públicas de grande importância cultural. Foi, durante séculos, o centro da vida pública romana: o local de cerimônias triunfais e de eleições; o local onde se realizavam discursos públicos, os processos criminais, os confrontos de gladiadores e o centro dos assuntos comerciais. O Fórum Romano é, atualmente, uma extensa ruína de fragmentos arquitetônicos e um sítio de escavações arqueológicas intermitente de elevada atração turística.

Ruínas do Templo de Antonino e Faustina

Ruínas do Templo de Saturno

Arco de Septímio Severo

Ruínas da Basílica Julia

Saindo do Fórum Romano seguimos visitando outros monumentos importantes de Roma, como o Palazzo Senatorio.

O Palazzo Senatorio, localizado na Piazza del Campidoglio, foi construído sobre as ruínas do antigo Tabulário e hoje abriga a sede da Comuna de Roma. 


Ao lado do Palazzo Senatorio está o Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II, construído entre 1911 e 1935 em homenagem a Vitor Emanuel II, primeiro rei da Itália unificada e considerado o pai da pátria italiana.

Outro ponto de destaque é a Piazza Navona, uma das praças mais famosas de Roma que ocupa o lugar do antigo "Estádio de Domiciano", construído pelo Imperador Domiciano para competições de ginástica, e do qual conservou o formato retangular alongado. Passou a caracterizar-se como praça somente nos últimos anos do século XV, quando foi remodelada por vontade do Papa Inocêncio X.

A praça dispõe de belíssimas obras barrocas, sendo duas fontes esculpidas por Giacomo della Porta - a Fontana di Nettuno (1574), na área norte da praça, e a Fontana del Moro (1576), na área sul, e uma fonte projetada por Gian Lorenzo Bernini - a Fontana dei Quattro Fiumi, localizada no centro da praça, representando os quatro principais rios do mundo, um de cada contineten (Rio Nilo, da África, Rio Ganges, na Ásia, Rio da Prata, na América e Rio Danúbio, da Europa). Acima da fonte está o Obelisco Egípcio Agonal. Em frente a Praça Navona também se encontra a Igreja Sant'Agnese in Agone, construída no estilo barroco no século XVII.

Piazza Navona

Fontana del Moro

Fontana dei Quattro Fiumi e Obelisco Agonal

Igreja Sant'Agnese in Agone

Dali seguimos para o Pantheon, construído durante o reinado do imperador Augusto (reinado 27 a.C. - 14 d.C.) e reconstruído por Adriano, por volta de 126 d.C. É uma das mais bem preservadas estruturas romanas antigas e permaneceu em uso por toda a sua história. Atualmente é utilizado como uma igreja dedicada à Santa Maria e aos Mártires, chamada oficialmente de Santa Maria del Martiri.

E pra finalizar o dia, a belíssima Fontana di Trevi. Localizada na fachada do Palazzo Poli, a Fontana di Tevi é considerada a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas de toda a Itália. 

O nome vem de "tre vie", por estar localizada no cruzamento de três estradas, marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. Foi construída em 1453, a pedido do Papa Nicolau II, mas passou por diversas reformas e pelas mãos de diversos artistas, tendo sido concluída na forma que a vemos hoje somente no século XVIII. 

  • Dia 09 de janeiro de 2020

Nosso último dia em Roma estava reservado para visitar o Vaticano. Apesar de ser o menor país do mundo, com pouco mais de 800 habitantes, há muito o que se fazer.

Tínhamos apenas aquele dia, então fizemos apenas a visitação da Praça e Basílica São Pedro e do Museu do Vaticano, mas se tiver tempo, visite o site "proximatrip" e veja o roteiro completo do Vaticano.

O bilhete para visitar o Museu do Vaticano, incluindo a Capela Sistina, nós compramos antecipadamente pelo site do próprio Vaticano. Clique aqui para comprar.

Para ir de Roma ao Vaticano pegamos um metrô até a estação Ottaviano. Dali descemos a pé até a Praça São Pedro. Tiramos apenas algumas fotos e fomos logo para a visita aos museus, a fim de evitar o tumulto na Capela Sistina. Depois retornaríamos para visitar a Basílica. Vale ressaltar que para visitar o Capela Sistina você tem que, obrigatoriamente, comprar o bilhete para o Museu do Vaticano (que na verdade são diversos museus) e andar por todo ele, porque a Capela fica no final da visitação. Mas vale muito a pena porque o museu é maravilhoso!!!

Do terraço do museu é possível ver parte dos jardins do Vaticano e a cúpula da Basílica de São Pedro.



Na primeira ala do museu estão expostas algumas obras do Egito antigo, seguindo por diversas outras alas, com esculturas, tapeçaria, mapas antigos, e belíssimos afrescos nas paredes e tetos. A Capela Sistina fica quase no final do passeio, mas não é permitido fotografar em seu interior.

Sala Redonda, construída no século XVIII na forma do antigo Panteão.

Galleria degli Arazzi (tapeçaria)

Galleria delle Carte Geografiche (mapas antigos)

Stanza della Segnatura (sala que contém os afrescos mais famosos de Rafael Sanzio)

Escada helicoidal desenhada em 1932 por Giuseppe Momo (vista de cima)

Escada helicoidal (vista de baixo)

Dali seguimos para a Praça São Pedro, onde está localizada a Basílica de São Pedro. A praça foi desenhada por Bernini no século XVII em estilo clássico, mas com adições do barroco, que podem ser apreciados na colunata que enquadra a entrada trapezoidal para a Basílica. No centro da praça ergue-se um obelisco do Antigo Egito, com 40 metros de altura. Data do século I d.C. e foi trazido para Roma no reinado do imperador Calígula. Está no lugar atual desde 1585 sob ordem do Papa Sisto V, que colocou no obelisco um dos pedaços originais da cruz de Jesus Cristo. Bernini complementou a praça com duas fontes em 1675, uma de cada lado da praça.

Praça São Pedro e Basílica de São Pedro, ao fundo

Praça São Pedro e Obelisco Vaticano

Colunas da lateral direita da praça, em estilo barroco

Colunas da lateral direita da praça, em estilo barroco

Fonte direita de Bernini

Antes de entrarmos na Basílica saímos para almoçar e dar umas voltas pelas ruas nos arredores do Vaticano, e seguimos até o Castelo de Sant' Angelo, localizado à margem direita do rio Tibre, diante da Ponte de Santo Ângelo (ornada por doze estátuas de anjos esculpidas por Gian Lorenzo Bernini), bem próximo ao Vaticano. O castelo foi construído sobre as ruínas do antigo Mausoléu de Adriano e atualmente abriga um museu.

Retornamos para a Praça São Pedro para visitar a Basílica.

A Basílica de São Pedro é o maior e mais importante edifício religioso do catolicismo e um dos locais cristãos mais visitados do mundo. Sua construção, adornada com 340 estátuas de santos, mártires e anjos, recebeu a contribuição de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Michelângelo, Rafael e Bernini. Sob o Altar Papal está enterrado São Pedro (um dos dozes apóstolos de Jesus e o primeiro Papa na linha de sucessão papal).

A construção do atual edifício, no local da antiga basílica erguida pelo imperador Constantino, começou em 18 de abril de 1506 e foi concluída em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. Construída em forma de cruz latina, o interior da Basílica possui três naves totalmente abobadadas, e estão enquadradas por amplos corredores completados por diversas capelas a eles adjacentes. Todo o interior da basílica está ricamente decorado com mármore, relevos, esculturas, retábulos e ornamentos com acabamentos a ouro. A Basílica contém um grande número de túmulos, não só de papas, como também de outras notáveis personalidades, muitos dos quais são considerados verdadeiras obras de arte reconhecidas mundialmente. Existem também uma série de esculturas em nichos e capelas, incluindo a Pietà de Miguel Ângelo. 

O Altar Papal, chamado de "Altar da Confissão" está localizado sob a cúpula, no centro do cruzeiro, e enquadrado pelo monumental baldaquino de São Pedro, obra de Gian Lorenzo Bernini, construído entre 1624 e 1633. O altar foi feito de bronze retirado do Panteão e possui uma altura de 30 metros.

Nave central da Basílica

Altar Papal, enquadrado pelo baldaquino de São Pedro.

Pietà de Miguel Ângelo, na nave da Epístola, no lado direito da basílica

  • Dia 10 de janeiro de 2020
Deixamos o hotel de madrugada porque nosso vôo era às 6:00 da manhã, e fomos para o aeroporto de ônibus. Há uma linha "estação central - aeroporto", e o ponto fica bem ao lado da estação de trem. Fomos a pé até lá, porque nosso hotel ficava apenas a três quadras de distância. Não se fala muito em assaltos na região, mas há muitos moradores de rua que dormem nas calçadas da estação de trem, então, não custa reforçar o cuidado com celular e passaporte. No dia seguintes estávamos em casa.

E assim termina nossa viagem que começou na Suíça. Gratidão por tanta beleza e tanta história ao longo desses 20 dias!

Para complementar, segue um último post sobre o que e onde comer na Itália...

Comentários

Postagens mais visitadas